DA REUTERS, EM MOSCOU
DA FRANCE PRESSE, EM MOSCOU
DA FRANCE PRESSE, EM MOSCOU
Fragmentos da sonda russa Fobos-Grunt, que fracassou em sua missão a Marte, caíram neste domingo no oceano Pacífico, às 17h45 (15h45 no horário de Brasília), informou a imprensa russa citando uma fonte do ministério da Defesa.
"Segundo nossos cálculos (...), a queda dos fragmentos da nave Fobos-Grunt ocorreu às 21h45 hora de Moscou (15h45 Brasília) no oceano Pacífico", declarou o coronel Alexei Zolotujin, citado pela agência Interfax.
A queda da sonda foi precedida por uma série de informações contraditórias por parte da agência espacial russa Roscosmos, que primeiro previu o impacto no Oceano Índico, depois em Madagascar, em seguida no Atlântico, Argentina e finalmente na costa chilena, no Pacífico.
Os escombros da nave espacial foram estimados em cerca de 14 toneladas, que incluem 11 toneladas de combustível de foguete tóxico.
PRESA NA ÓRBITA
A sonda de US$ 165 milhões, projetada para recuperar amostras de solo da lua marciana Fobos, seria a primeira missão bem-sucedida interplanetária da Rússia em mais de duas décadas. Mas durante o lançamento com problemas em 8 de novembro, a sonda ficou presa em órbita, e desde então, vem aos poucos perdendo altitude, devido à atração gravitacional.
Especialistas dizem que a queda de lixo espacial traz pequenos riscos.
Um dos componentes que pode ser conservado com a queda é uma cápsula projetada especificamente para um pouso de volta na Terra em 2014, segundo informou o cientista Alexander Zakharov. "Essa é a cápsula que foi feita para trazer de volta amostras de Fobos. É decepcionante", disse Zakharov.
Fobos-Grunt foi um dos cinco lançamentos russos com problemas no ano passado, que marcou comemorações do 50º aniversário do pioneiro Yuri Gagarin, que fez o primeiro voo espacial.
Em uma aparente tentativa de eximir-se de culpa, o chefe a agência espacial da Rússia insinuou haver uma sabotagem estrangeira na missão.
"Eu não quero culpar ninguém, mas existem meios muito poderosos para interferir com a nave espacial de hoje, cuja utilização não pode ser descartada", disse Vladimir Popovkin ao jornal Izvestia.
De acordo com uma convenção da ONU, a Rússia poderá ser obrigada a pagar indenização pelos danos causados por escombros em queda.
Em 1981, a União Soviética pagou US$ 3 milhões ao Canadá para a limpeza de detritos radioativos.
Folha.com
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