O filho do radialista Lucilio Filho Talis Lincoln Fonseca Barbalho membro do Grupo de Sistemas Inteligentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ganhou um prêmio internacional por desenvolver um software que possibilita a realização do teste da orelhinha via celular, o que permite que o exame seja realizado em qualquer lugar a qualquer tempo, sem o paciente estar necessariamente no hospital ou clínica. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e o Centro Médico de Harvard Medical School (HST), e premiado no GSMA Mobile Health University Challenge 2011-2012, que aconteceu na cidade do Cabo, na África do Sul, no final do mês de maio. O tema do concurso foi as novas tecnologias móveis aplicadas à saúde. O teste da orelhinha é uma avaliação da audição em recém nascidos, indicada por instituições do mundo todo para diagnóstico precoce da perda auditiva. Apesar de ser orbigatório no país desde 2010, muitos bebês não são submetidos ao teste porque não há equipamentos disponíveispara a realização na rede pública. O mestrando em engenharia elétrica e integrante da equipe que desenvolveu o software, Talis Lincoln Fonseca, explicou que o grupo percebeu a necessidade de tornar o exame mais acessível à população e começou então o desenvolvimento do projeto. Segundo ele, o Rio Grande do Norte possui apenas um equipamento disponível na rede de saúde pública para a realização do teste da orelhinha que funciona na maternidade Januário Cicco. “O equipamento custa em torno de R$ 20 mil e funciona na maternidade Januário Cicco. Isso significa que uma criança nascida no interior do estado só terá acesso ao exame se vier até a capital”, disse Talis Lincoln. O aplicativo desenvolvido pelo Grupo de Sistemas Inteligentes da UFRN resolve esse problema. No exame da orelhinha é enviado um sinal para a orelha e a orelha responde a esse sinal. A partir daí o equipamento capta esse sinal de resposta e, a partir desse sinal, é dignosticado se existe ou não algum problema de audição no bebê. O teste deve ser realizado durante as primeiras 48 horas de vida da criança. Se o teste não for realizado até os seis meses, pode ocorrer dano neurológico permanente.
Fonte: dnonline
Jarbas Rocha
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