(Foto: Divulgação) |
O Facebook se manifestou sobre o ataque sofrido na última quinta-feira, 25, que modificou algumas palavras de sua interface. Em comunicado enviado ao Olhar Digital, a empresa explica a brecha que ocasionou o ataque realizado por um grupo brasileiro.
“Inadvertidamente, fizemos um ajuste específico para uma tradução livre feita pela comunidade, o que resultou em traduções equivocadas. Tomamos as medidas necessárias para reverter a situação, e estamos fazendo ajustes adicionais para ajudar a garantir que isso não aconteça novamente”, explica a empresa.
Na noite da última quinta, quem usa o Facebook em português do Brasil encontrou mensagens bizarras no link que limpa todas as notificações recebidas. Em lugar de "Marcar todas como lidas", apareciam coisas como "Na União Soviética, a Desciclopédia derruba o Facebook".
A confusão aconteceu como represália dos leitores da Desciclopédia ao Facebook porque a página do site que satiriza a Wikipédia foi tirada do ar. Os leitores se organizaram em um grupo da Desciclopédia para "trollar" o sistema de idiomas da rede social.
O Facebook incentiva seus usuários a melhorar a tradução do site, assim como fazem o Twitter e outros serviços da web. Basta acessar o aplicativo de tradução do site e, em poucos passos, qualquer um se torna colaborador.
O que aconteceu neste caso é que os internautas agiram focados em um único pedaço de texto, votando em massa nas mensagens apontadas por eles até que elas substituíssem a que traduz corretamente o "Marcar todas como lidas".
Na comunidade de tradutores brasileiros o pessoal que realmente ajuda a colocar o Facebook em português daqui se mobilizou para fazer tudo voltar ao normal, mas um deles levantou uma questão que merece atenção: e se fosse um código malicioso? Se um simples conjunto de caracteres é capaz de forçar iPhones a reiniciar, dá para imaginar que um sistema frágil como esse de traduções pode despertar o interesse de gente mal-intencionada.
Olhar Digital
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