Ipanguaçu é um município no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, localizado na microrregião do Vale do Açu. De acordo com o IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2005 sua população era estimada a 12 339 habitantes.
História
Ipanguaçu é um município que surgiu a partir de uma pequena fazenda de gado, com o nome de Sacramento, pertencendo por muitos anos ao município de Santana do Matos, no Rio Grande do Norte. Esse povoado tinha sua economia baseada na agricultura e na pecuária de subsistência. Passados os anos, surgiu a cidade de Ipanguaçu (ilha grande, na língua Tupi Guarani), esse nome era também de um cacique da tribo Janduís, apaziguador de relações conflituosas na região, guerreiro e forte, em defesa da natureza, segundo alguns historiadores, em seus rituais homenageava os rios e as lagoas ali existentes, era a devoção à terra fértil e alagada.
A data de emancipação política do município foi 23 de dezembro de 1943; o município tem uma geografia desenhada em formato de ilha, mas até hoje padece, economicamente, politicamente e socialmente das dificuldades impostas pelo modelo político e cultural herdado e vigente até os dias atuais. Além do despojar das fortes águas abundantes trazidas pelos rios, como em quase todos os vales, sua localização geográfica permite ser agraciada pelo banho dos rios que os fertilizam, o Rio Açú e Pataxós, campeões em afogar com as correntes e enchentes o vale, o último pequeno no nome, mas é de uma força tribal e indígena; com esse mesmo nome nasceu o pequeno povoado de Pataxós.
Nessa comunidade, podemos lembrar que existe um belíssimo açude público, (açude pataxós); com vistas para o nascente, quando sangra, singra no olhar brilhante todos, a lágrima de alegria e promissão de um ano de fartura. Logo a poucos quilômetros dali, quase em frente, fica a lagoa de Ponta Grande, uma enorme lagoa com um potencial para piscicultura e a "agricultura de vazantes". Logo após a emancipação que tanto elevou o nome de Ipanguaçu, seu povo permaneceu economicamente cercada por dificuldades; embora possuindo um grande potencial para a agricultura familiar, menos para a pecuária de corte. Surgiram as primeiras atividades econômicas, relacionadas a agricultura irrigada, a colheita do fruto da oiticica, do algodão arbóreo, esse era a redenção do vale, que se tinha conhecimento no nordeste do Brasil. O primeiro sistema de irrigação trazido e introduzido pelo falecido José Lúcio de Medeiros, pioneiro no Brasil, foi um passo importante no desenvolvimento das potencialidades agrícolas do município naquela época. Logo após surgiu o cultivo e exploração da carnaubeira, o que se tornou uma planta em abundância, até os meados de 1980 nesse região, essa planta é considerada a "árvore da vida" ou "árvore providencial da vida", dela pode se aproveitar quase tudo: Raízes, caule, folhas e frutos. Para a população que ali viveu nesses tempos, e que conheceu a atividade, o produto; era economicamente viável, pois é possível se extrair benefícios econômicos e sociais, da colheita a geração de renda a mão de obra, durante e depois, através da fabricação da cera de carnaúba nas usinas, da comercialização, da venda das fibras e seus derivados, do fabrico de produtos artesanais, considerando as outras utilidades, não esquecendo, que a cera de "olho da carnaúba" é utilizada até hoje, na indústria de circuitos eletrônicos em geral, inclusive de microcomputadores.
O município de Ipanguaçu, ao longo de sua história, teve dificuldade de reafirmar-se ou melhor, de estabelecer uma democracia, politicamente através do povo, por motivos da herança e tradição cultural que eram impostos à população, através dos currais eleitorais e sua forma de organização, e do próprio coronelismo. Era um povo sem vez e sem voz, os poderosos castravam o direito, a manifestação legítima de seu povo, a pluralidade.
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Fonte: Wikipédia
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