quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O que torna um navegador mais vulnerável do que o outro?

Saiba mais sobre a segurança dos browsers
Recentemente, a descoberta de uma nova vulnerabilidade no Internet Explorer deixou muita gente com a pulga atrás da orelha. A falha fazia com que o computador do usuário fosse infectado após visitar um site mal intencionado. Poucos dias após a divulgação do problema, a Microsoft corrigiu o erro e disponibilizou uma atualização completa de segurança do navegador.

Nossa equipe também ficou intrigada com o fato; decidimos então tentar entender porque um navegador é mais vulnerável do que outro. Pesquisamos e fomos conversar com dois especialistas no assunto. Mas antes de entender qualquer coisa, vale lembrar o que diz Marcelo Zuffo, professor da Escola Politécnica de São Paulo. "O desenvolvimento de um navegador é como voar em um avião ainda em construção. Você nunca consegue terminar o navegador, ele sempre está em desenvolvimento".

Problemas de vulnerabilidade e segurança não são exclusividade do Explorer. Outros navegadores populares como Chrome, Opera e Firefox também já foram vítimas de grupos mal intencionados e deixaram seus usuários de cabelo em pé. Segundo especialistas, a vulnerabilidade dos browsers é oriunda de duas naturezas; a primeira é o mal uso! Normalmente, acontece com pessoas mais descuidadas que têm o costume de visitar sites suspeitos e baixar conteúdo pirata.

Para esse grupo, o professor João Carlos Fernandes, do Instituto Mauá de Tecnologia, dá algumas dicas. "O primeiro ponto é não utilizar software pirata. Ele muitas vezes não permite as atualizações de segurança. Tem pessoas que usam antivírus pirata, então é bem complicado. Se o antivírus é pirata, então ele pode ter alguma ferramenta que já deixa o computador vulnerável. Então é bom atualizar sempre e utilizar software que não seja pirata. Manter sempre atualizado o sistema operacional, já que ele tem as ferramentas que garantem a segurança, e nessas atualizações os browsers também são atualizados automaticamente", diz Fernandes."



O segundo fator que contribui para tal vulnerabilidade dos navegadores é exatamente a questão de esses programas estarem em constante desenvolvimento. "O recuros das máquinas que mais sofre atualização são os navegadores. É uma briga de gato e rato. Os hackers do mal e os desenvolvedores e projetistas dos navegadores", explica Zuffo.

Ainda assim, o Internet Explorer é apontado por alguns usuários como um software com muitas falhas de segurança. A Microsoft se defende; diz que a quantidade de vulnerabilidades encontradas está relacionada ao número de usuários. O que tem certo fundamento.

"Isso vai pela utilização do navegador. Se ele é mais utilizado, como por exemplo o Internet Explorer que é muito usado em sistema bancário, então as pessoas estudam as vulnerabilidades e tentam fazer ataques", explica Fernandes.

Resumindo, o caminho é mesmo espinhoso. E a situação de determinado navegador pode mudar completamente da noite para o dia. Tanto do lado dos vilões, que vivem caçando essas brechas para atacar, quanto do lado das empresas, que investem cada vez mais na segurança dos seus produtos e usuários.

Agora é com você; qual é a sua opinião? Alimente esta saudável e polêmica discussão; deixe seus comentários abaixo. Será que existe mesmo um navegador mais seguro? Ou outro mais vulnerável?
Fonte: Olhar Digital

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